segunda-feira, 20 de junho de 2011

Bipolândia

Há mais ou menos um ano eu fui numa astróloga fazer meu mapa astral e, dentre milhões de previsões e características do meu mapa, ela me disse uma coisa que pode fazer todo o sentido agora e será o tema do meu post.
Ela disse que um dos aspectos do meu mapa provavelmente fazia com que eu me sentisse um peixe fora d`àgua em muitos momentos da minha vida. Daí ela narrou a estória de um ganso que viveu por muitos anos numa família de patos, até que um dia ele se depara com uma família de ganso e se identifica com aquela tribo.
Sim, ela poderia estar blefando com toda aquela estória de não identificação, mas a verdade é que, embora eu já tenha 28 anos, sempre me senti muito perdida nesse mundo.
Na adolescência tive um dos piores anos da minha vida. Já fui hippie, já fui do rock, já fui drogada, já fui do mundo gay (sem ser lésbica nem bi..) , já fui das raves, enfim, já fui bem rodada.
Quando era mais nova costumava escrever o quanto eu não me sentia desse mundo e diversas vezes cheguei a pensar que nasci na terra por engano, sei La, talvez eu fosse de Marte, mas sem querer vim parar aqui. Tipo assim... como o super-homem. Só que de “super” eu não tinha nada.
Mas porque afinal isso tudo ta sendo tão pensado agora? Bom, desde que o meu psiquiatra usou o termo ciclotimia e depois transtorno Bipolar comigo, eu venho pesquisando muito sobre o assunto, muito mesmo. Afinal, nada mais natural do que querer entender o que eu tenho ou sou. Ando lendo muitos blogs de pessoas que passam por isso e esta sendo incrivelmente bom pra mim. Tem pessoas que narram suas estórias e eu chego a pensar se não fui eu mesma que escrevi aquilo e não lembro. É impressionante a identificação que estou tendo com essas pessoas.
É um saco tentar explicar para um não bipolar o que eu sou, como sou, e porque sou assim (porque SIM, eles me cobram muito) e, já tentei fazer isso mil vezes antes mesmo de saber o que tinha. Mas jamais conseguiram me entender. Somente me olhavam com aquela cara de bunda que me irritava mais ainda.
 Se eu estou num dia ruim, o que para um bipolar é ruim MESMO....Quero ficar quieta, não estou a fim de conversar com ninguém. Mas porque é tão difícil para as pessoas entenderem que não é nada pessoal com ela! E sim comigo. Me deixa no meu mundo..
Não sou uma pessoa muito fácil de lhe dar, confesso. Sempre fui muito verdadeira nas minhas atitudes e em momentos de crise eu extrapolo. Se eu não gosto de uma pessoa EU NÃO VOU SER MEGA SIMPATICA, não adianta. Não sou do tipo que fala: “oi querida, como você esta linda hoje” e pelas costas fala mal. Sou do tipo que fala: “oi, tudo bem” e depois posso sim fazer um comentário maldoso, mas a pessoa não se surpreenderia com isso.
Resumindo...as pessoas não estão acostumadas com a verdade, elas preferem a mentira, pois querem acreditar no que for mais conveniente pra elas. Elas querem ser bajuladas, mimadas e não estão nem aí se isso soa falso ou verdadeiro, pois para o Ego aquilo basta. Odeio esse tal de EGO...

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