quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Irritacão

Meu emocional esta bem, mas eu estou muito irritada hoje. Acho que deve ser a TPM. Eu tento evitar e de fato até conseguiria se algumas pessoas tentassem ao menos não serem tão irritante. Não sei se sou eu que estou extremamente irritada ou são as pessoas que são extremamente irritantes ao ponto de me irritarem. 

Bom, na verdade ando notando que estou assim há alguns dias, mas hoje ta demais. 


terça-feira, 27 de setembro de 2011

O tempo cura

Quando deixamos de gostar de alguém temos que aprender a conviver com o vazio que aquela pessoa deixou. Primeiro terminamos com ele, depois com o sentimento. Então foram duas perdas, cada uma em seu tempo. Deve ser por isso essa busca interminável pelo amor. De certa forma ele preenche algo que eu não sei explicar o quê é.

Mesmo o sofrimento que a paixão não correspondida pode causar. Não "amar" é estar vazia. (?)
É como se a vida não tivesse tanto impacto. Deixamos de ser protagonistas e viramos figurantes na nossa própria vida. Nossa história não é tão interessante assim. Estão nos filmes, disso ninguém pode discordar. A natureza não é bela, as musicas não tem tanto impacto nem "dizem tudo".

Estava pensando nas minhas paixões, acho que preciso disso. Ouvir uma música e pensar em alguém. fechar os olhos e desejar terrivelmente o beijo de alguém. Imaginar os momentos que a gente viria a ter.

Já perdi as contas de quantas vezes pedi a Deus que arrancasse esse sentimento de dentro de mim. Eu só queria parar de sentir aquela saudade sufocante. De fato, nunca estamos satisfeitos com o que temos. Ou esse pode ser um problema meu.
-----------

No último dia que tivemos juntos eu só desejei que aquele dia acabasse logo. Era como um dedo a ser amputado, se eu pudesse, arrancava ele de uma vez, mesmo que a dor fosse grande, seria um alivio antecipar o destino eminente.

Achei uma desculpa qualquer para passar o dia sem nos falarmos, essa sempre foi minha defesa, a briga. Ainda sim, passamos o dia lado a lado, sem se falar. Ele tentou por diversas vezes se aproximar, eu segurei o choro por todo o dia.

Quando enfim chegou a hora de dar adeus, achei que ia morrer de tanta dor. Não acreditei que aquilo pudesse estar acontecendo. Então nos despedimos e foi o momento mais dramático de toda a minha vida (até hoje). Chorávamos igual criança. falamos de como a vida era injusta, revelamos segredos e pela primeira vez pronunciamos"eu te amo" um para o outro.

Quando ele enfim teve que partir eu fiquei olhando pela janela, achei que fosse a ultima vez que o veria. Então deitei na cama e chorei por mais algumas horas, minha cara ficou deformada de tanto chorar.
Depois de algum tempo dormindo junto, acordar e não ter ele ao meu lado foi como se tivessem arrancado um pedaço de mim. Então ele me ligou e pediu que eu não me esquecesse da gente. Sim, por 2 anos fiquei sentindo sua falta.

Em pouco tempo o príncipe foi virando sapo. Não suportamos a distancia. Sou possessiva e ciumenta demais pra isso. Ele perguntou se eu era sua namorada e lembro que foi exatamente o que disse.
Muitas coisas foram ditas, como uma tentativa de machucar o outro pelo que estávamos sentindo. Eu o culpava pela minha dor, como se o fato dele existir fosse a grande causa do meu sofrimento. Então passamos algum tempo machucando um ao outro com palavras e atitudes. Até que o tempo se encarregou de curar.

Mas acho que pra mim não. Jamais vou esquecer das emoções do momento. Do quanto fui ao céu e inferno em tão pouco tempo. Do quanto fui feliz e triste. Completa e vazia. Não sou mais apaixonada por ele.....nem o amo, como costumava dizer, mas ainda amo e odeio o que senti.

ótima

Vou tentar não falar tanto a palavra Bipolar e doença. Estava dando um prazo pra mim mesma, um tempo. Assim eu poderia digerir tudo que aconteceu esse ano. Tudo que pensei ter feito e perdido. Tudo que fiz em parceria com essa minha característica de ser.

Estou bem, a tristeza passou. Mas na vida tudo é cíclico e, embora eu esteja tentando não pensar nisso, é mais forte que eu. Tenho medo de voltar para aquele estado e odeio o medo. Vou me esforçar para aproveitar cada segundo desse momento em que me sinto bem.

Hoje fui caminhar na praia. Olhei a fundo toda a beleza do Rio de Janeiro. Pensei o quanto a vida passa rápido e o quanto é uma benção ser jovem. Quero aproveitar mais esse momento, porque sei que ele não é eterno. As vezes me sinto uma velha num corpo de 28. Tem tanta coisa em mim que desejo mudar...


domingo, 25 de setembro de 2011

Normalizada?

Não estou com muita vontade de escrever, mas vou fazer porque estou melhor e quero passar pra alguém que ser Bipolar não é só estar no inferno.

Na verdade essa condição já passou. Estou no meu estado normal, talvez com uma leeeve euforia, o que até gosto. Só tenho que ter cuidado com o "estar online" nesses momentos. Até com um ex namorado eu estava tc e isso não é legal. "ex bom é ex morto" rs.

Uma coisa vai levando a outra e quando eu vejo eu falei um monte de besteiras, se bem que com ele é mais tranquilo. Fico pensando no que senti. Fui tão loucamente e psicopaticamente apaixonada por ele que nem sei como foi possível sobreviver a isso. Mas é bom falar com ele agora, depois de tanto tempo. Não dói mais como antes. E apesar dos pesares, a gente se conhece.

Bom, escrevi para dizer que estou melhor, a tempestade passou e fico com a esperança de jamais, nunca mais, em hipótese alguma, sentir o que senti novamente!!!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cobaia de remedios

Me sinto uma cabaia. Tô com vontade de ligar pro meu psiquiatra e disser:
"olha aqui, até em me matar eu pensei, coisa que NUNCA aconteceu e a CULPA É SUA!!!"

Seria melhor culpar alguém por tudo, seria mais fácil. Não sei ao certo o quão difícil 'e encontrar o tratamento certo para o Bipolar do tipo misto. Mas no fundo eu tô com um pouco de raiva mesmo.
Sempre exigi demais das pessoas em seu oficio. Eu me mato pra ser a "melhor" no que eu faço, mesmo que não seja, eu tento. Então espero o mesmo dos outros. Ao menos faça o seu melhor.
Acho que não importa se alguém é lixeiro ou presidente do Brasil. Se você varre ruas, então seja o MELHOR, melhor do mundo em varrer rua.
Então isso se encaixa demais na profissão de médico, psiquiatra....Pois mexe com vidas, sonhos.

Começo a relevar a vontade de jogar todos os remédios fora e voltar a seu "eu". Nunca gostei disso mesmo. Talvez a acupuntura me cure. Mas sou covarde demais isso agora. Ainda sinto o gosto amargo da ultima crise, tenho medo de voltar a sentir o que senti, por isso não tenho forças para parar. mas juro que tenho vontade. Chego a sentir falta do tempo em que acreditava que ser triste e feliz constantemente, (+ou- varias vezes por dia), era uma característica da minha personalidade e a TpM o motivo da irritabilidade.

Embora hoje as coisas estejam um pouco melhor comparados aos dias passados, ainda só consigo dormir com a TV ligada e acordo umas 3x durante a noite. Ainda sinto um vazio e oco dentro de mim quando paro pra pensar. Ainda sinto uma Não vontade de fazer coisas simplórias...e principalmente, não consigo deixar de pensar no medo de voltar.

Sei lá...quero sair dessa logo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Ser ou não ser, eis a questão.

Odeio sentir pena de mim mesma. Odeio as fraquezas humanas. Descobri na terapia que me cobro demais. Talvez isso não leve a lugar nenhum mesmo. A vida não é uma só como dizem. Talvez esse século eu só viva uma vez, mas existe muito mais coisa entre o visível e o invisível do que se pode imaginar.

Odeio sentir pena dos outros. A pena se reflete em uma empatia que se reflete em mim como uma facada no peito. Ainda não descobri se isso é masoquismo ou compaixão. Queria viver num mundo em que não estivéssemos tão preocupados com o SER e sim com o EXISTIR. Soa contraditório, mas o existir é mais live que o "ser" algo. Ser bem sucedido, ser forte, ser feliz, ser, ser, ser.....Poderíamos apenas, existir como um ser.

Tudo exige demais, e quem fica parado pensando, para no tempo. O tempo passa e quando nos damos conta, esta tarde demais para casar, tarde demais para seguir tal profissão, tarde demais para ter um filho, tarde demais para recuperar a forma, tarde demais para sair pra "night", tarde demais para tomar um porre (é ridículo...?) , tarde para falar besteira, rir com as amigas, beijar muitas bocas, sair por aí dando igual chuchu na feira............. tarde para viver, então você espera a hora de morrer, apodrecendo aos poucos. Como o meu avó, apegado a terra, e lutando contra a morte, como quem se agarra num tronco para não cair. Mas 'e claro que esse 'e apenas o MEU ponto de vista. Alguém pode dizer que nunca será tarde para tudo isso, e de fato, não é.

Por mais exacerbada e contraditórias que minhas frases pareçam, acho que essa é a vida que vivo hoje, 'e o mundo que vejo, mas 'e claro que isso só até a minha próxima euforia.

Eu não estou cansada, eu estou exausta. Minha cabeça dói de tanto pensar, analisar, observar... NOSSA, COMO EU ESTOU PESSIMISTA! AFFF

Agora é tentar dormir sem aquele remédio "assassino", credo, que coisa horrível! Mas a insônia é muito cruel, quando acompanha uma enxaqueca forte é ainda pior, porque não posso ler, não posso ver TV, não posso usar o computador....tá achando que 'e fácil ser eu? Aiii como sofro! Vitimização humana, depois falo disso.


Recaida again and again

Nao sei nem como comacar a explicar o que sou eu nesses dois ultimos dias. Não lembro de ter uma crise tão seria desde que descobri a MERDA da doença. Desculpa os termos, mas eu to muito revoltada.

Não consigo mais ter esperanças de uma vida normal. Sei que isso pode ser somente um reflexo do meu estado de espírito e tudo pode mudar quando um belo dia as crises se transforem em normalidade ou euforia.

 Não queria usar esse blog como um lugar de lamentações, me sinto um pouco envergonhada pelas coisas que sinto. Por ver tanta gente com problemas realmente sérios e eu aqui, vendo a vida passar num estado depressivo.

Acho que chorei por 2 horas seguidas. Um choro de criança quando se machuca. Chorei tanto que minha cabeça latejou o dia todo e após o descontrole fiquei de ressaca. Nem sei porque exatamente isso aconteceu assim. Acho que foi um mix de estresse por conta desse vicio maldito que alguém tão próxima de mim ta passando. Tudo aquilo que passei no domingo foi um balde de água quente na minha cara. Acho que captei toda a energia negativa do ambiente, alem da tristeza que senti ao ver aquilo. (sensibilidade ao top) argh.

 Mas também não sei se o motivo foi so esse ou também o fato do medico ter mudado a medicação. Tomava o Trileptal 900mg e passei pra 600mg. Alem disso, ele acrescentou mais 2 que não lembro o nome. Um deles pra dormir que de verdade odiei! Na segunda estava muito mal e pra “melhorar”as coisas, tomei o remédio de dormir as 13hs da tarde. Tive varias alucinações com o reflexo do sol na TV. Conversei com os reflexos, tentei tocar, chorei...acho que to ficando doida mesmo!

 Vendo que o remédio estava fazendo aquilo e não dormia, eu tomei outro. Esse remédio me deixa grogue, mas não me faz apagar...que saudades do Rivotril!

Resumindo, na segunda tomei 3 remédios de dormir e na terca de manha tive a crise braba de choro, então não sei o que acarretou isso.

So sei que estou num estado serio de apatia e incapacidade de viver. Me sinto ridícula escrevendo isso. Antes eu fosse somente um ser depressivo, acho que seria mais fácil de aceitar.

 Ok doença romântica aos olhos alheios, talvez. Mas eu te odeio com todas as minhas forcas. Gostaria de ser como as outras pessoas.

domingo, 18 de setembro de 2011

...

As palavras transbordam em minha mente, deve ser porque morar sozinha é não ter com quem conversar.  Não acho legal transformar o ouvido de ninguém em um muro de lamentações, por mais grave que seja o assunto. Aqui é diferente, se não quiserem ler, vão partir no primeiro parágrafo.

Talvez esse desgaste de energia esteja sendo péssimo para o meu tratamento. Cada dia assim são 2 de tristeza, o que acaba acarretando a uma depressão. Acho que não sei ser triste sem ser depressiva.

Penso e não consigo me lembrar de nada mais triste que tenha vivido. Já passei por momentos de muita tristeza interna, mas nada tão concreto e vivo de definições. Meus problemas sempre foram aqueles que os outros gostam de dizer: "isso é falta de uma louça pra lavar". Em partes, concordo....

Hoje pensei profundamente em algo que eu pudesse fazer, dizer, arrancar de mim e dar pra ela, mas nada me veio a mente. Então as vezes falava algo, mas ouvindo as minhas palavras como um espectador me dava a certeza de nada do que eu falasse faria sentido naquele momento! Que burrice tentar justificar o injustificável.

Ela estava aos prantos, suas palavras soltas ao vento não faziam o menor sentido. O frio me deixava mais aflita e mal humorada. Pensei em algo que a fizesse feliz e que eu pudesse fazer com ela... novamente nada.

NÃO senti vontade de chorar, acho que senti aquilo além do choro. Aquele momento em que o choque toma conta das lágrimas que só aparecem depois que a ficha cai. Chorei depois, mas ao mesmo tempo pensei que não tinha o direito de chorar, que eu tenho que ser forte, mas principalmente, que não tenho motivos para chorar ao ver o outro com tanta dor e sofrimento. Me fez pensar...Ta chorando porque?

Me sinto em um barco nesse momento. Não espero nada em troca. Não a quero como companhia, seu dinheiro não me importa, nem seu carro, nem amigos ou diversão. Sua presença é a única coisa que sempre me importou. Por mais ofensa que ela já tenha me feito, 6 meses era o suficiente para que tudo estivesse bem de novo e voltasse ao normal.

Eu viveria se ela partisse, desde que ela estivesse bem e feliz.

sábado, 17 de setembro de 2011

Fragilidade humana

Como é frágil o SER humano. Patético em seu mundo que acha real e narra como se tratasse de fatos reais, sem perceber o quão ridículo é.

Ontem eu era cacos. Acordei triste como achei que seria, por conta dos acontecimentos do dia anterior. Tive que fazer uma coisa difícil, mas a certa a ser feita. Meu coração ficou em pedaços que só o meu remédio de dormir foi capaz de juntar. Acho que isso é amor. (?)

Pensei que se encontrasse com Deus, perguntaria: "qual era o seu plano"?...Porque não acho que deu certo...Talvez Deus não seja tão poderoso assim. Pensei:  pra que existir o livre arbítrio se a sociedade cria regras das quais temos que viver, do contrário o mundo seria uma LOUCURA MAIOR!
Que "tonteria" divina seria esse livre arbítrio?!
Que pecadora sou eu por falar assim de Deus e pior, pensar!(?)
já disse que meu "mau" é pensar demais...

Ontem senti pena de todo mundo. Como se todos fossem dignos de pena. Até os personagens da novela me deram pena, como se existissem de verdade.

Tentei me destruir por achar que o mundo era destruição, então pedi um lanche do Mc Donald's e devorei. E eu nem estava com tanta fome.

Hoje acordei num mundo diferente. Fiz coisas produtivas durante o dia e o contato com os seres humanos não me parece tão tenso.

Não sei como vai terminar meu dia. Viver numa montanha russa é assim. Talvez eu vá dormir me sentindo a pior das piores. Talvez me sinta plena.

Como saber.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A dor do outro não é a minha mas me dói

Nossa, tive um dia muito difícil. Até sai do meu estado de euforia e analiso se estou me deprimindo, acho que só vou saber amanha. Mas estou meio pasma até agora.

Dói muito ver alguém que amamos mal, num estado de perdição, num caminho com volta, mas com muitas sequelas.

Me sinto cansada, sem energia, arrisco dizer que alguns pensamentos negativos me passam a cabeça. Ouvi muitas "abobrinhas". Sinto um pouco de raiva da vida, desse mundo nojento, cheio de drogas ilícita e/ou não ilícitas, mas que não deixam de ser DROGAS, pessoas de má índole, dinheiro, poder. Claro que há o outro lado bom da história, mas no momento estou revoltada e com nojo.

Ok, temos nosso livre arbítrio, mas ninguém nunca entende o quanto sou sensível a qualquer problema. Uma vítima fácil talvez. Basta um motivo para eu cair na depressão. Isso é ser Bipolar, creio eu.

Vivo cada minuto observando meu estado emocional, observo meus pensamentos para que não me deixem escorregar, tento fazer coisas boas, limpar meu corpo, minha alma e então, tudo vai por água abaixo.

Quero ajudar, mas não tenho armas contra um vício.

Ela me ofereceu, por diversas vezes. Pediu, implorou. Assim disse que acabaria mais rápido. (what?). Era bom, poderoso. Nada disso tem a ver comigo hoje. Eu seria muito burra pra me render. Ignorei.

Acho que a vida é isso. Um dia após o outro vamos pagando por cada ato falho. Cada palavra dita de forma impensada. Cada atitude, por menor que seja.

Além disso, ainda temos que lutar contra o invisível, como se já não bastasse o visível.

Realmente, estou pessimista hoje.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Cartomante

Hoje fui a uma cartomante. Fui por um motivo específico. Algo que estava na minha mente e me perturbada. Sempre fui muito agitava e ativa. Sempre inventei mil ideias, cursos, viagens, etc.

Mas me vejo inerte na minha zona de conforto há mais ou menos um mês ou dois. nada a ver com transtorno de humor, já que sempre tive. São outras coisas. Medo de agir talvez.

A primeira coisa que ela disse foi isso. "voce esta parada"
Se ela falasse isso pra mim há 2 meses atrás não faria o menor sentido. Mas no momento atual, embora eu esteja trabalhando algumas vezes. No geral, estou adiando projetos e eu não era assim.

Gostei dela ter disso isso, porque era o que eu buscava ouvir, foi como um puxão de orelha. Alguma intuição dentro de mim sentia que eu precisava ouvir isso e o que veio a seguir desse fato.

Outra coisa que ela disse que fez todo sentido única e exclusivamente no meu momento atual, foi o fato deu estar vivendo uma fase em que constantemente penso na ausência de coisas que me dêem prazer. Sinto falta do prazer, da paixão. Não somente paixão entre homem é mulher, porque isso faz ver o mundo cor de rosa, mas me refiro a paixão por um esporte, uma atividade, um programa. Me sinto vazia em relação a isso, e também, nem sempre foi assim.

Isso é algo que passa na minha cabeça há alguns meses...(será que ela leu meus pensamentos???)
Enfim, vou tentar seguir seus conselhos, não porque ela disse, mas porque já estavam alí, em algum lugar da minha mente, escondidos.

Pra finalizar, no final de tudo, bem timidamente e com vergonha de mim mesma. Eu perguntei do homem que esteve na minha mente por mais de um ano, sem eu saber o porquê.
Mas não vou dizer o que ela disse sobre isso, só vou dizer que: de hoje em diante, vou me agarrar a crença de que eu não fui a única culpada. Vou pegar a culpa que carreguei nas minhas costas por todo esse tempo, dividir em dois e tornar tudo um pouco mais leve pra mim. Me sinto aliviada.


Como "terminar" com a psicóloga

Vivo um dilema, hoje tive terapia e percebi o que já estava meio claro para mim. Por mais que eu vá com a cara da minha psicóloga e goste bastante dela como pessoa, não esta rolando!
Ela sempre me fala as mesmas coisas e as vezes me sinto superior a sua inteligencia (claro que não...rs). Acabo de explicar da pior forma possível, vamos lá. Vou tentar de novo.

O que acontece é que busco alguém que possa me responder a altura quando jogo algo no ar, que me intrigue que me faça perguntas interessantes e que me faça pensar: "nossa é mesmo, não havia pensado nisso"

Mas ela sempre diz: "voce tem que aprender a usar a bipolaridade em prol dos seus objetivos, seu trabalho artístico, vc é especial, blábláblá". Ela repete isso all the time ever and ever again!

Sempre tive dificuldades de achar pessoas que respondessem aos meus questionamentos sobre a vida. talvez seja porque pouquíssimas pessoas de fato questionam a vida. Sinto falta de um filosofo. Um Platão pra conversar comigo, uma Hypatia, Nietzsche.

Mas o dilema é: como vou sair dessa. Como vou falar pra ela que não quero mais, que nosso relacionamento "esta desgastado" que ela não faz o meu tipo...rs...Realmente não sei já que tenho serios problemas em dizer não para alguém, tenho vergonha alheia.

Vou pensar em algo, se alguém tiver alguma ideia, por favor...dime!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Quem somos nós

"Vocês realmente pecisam reconhecer que até mesmo o mundo material que nos rodeia, as cadeiras, as mesas, as salas, o tapete, a câmera inclusive, todos eles não são nada além de possíveis movimentos de consciência. E, a cada momento, estou escolhendo entre esses movimentos para manifestar minha experiência atual. (...) Então, ao invés de pensar em coisas, deve pensar em possibilidades. Todas são possibilidades da nossa consciência."
Outro dia estava pensando na vida que poderia ter seguido se não fosse pela minha "lingua grande" . Mesmo hoje, sabendo da doença eu ainda falo demais quando estou numa fase de mania. Tenho um "compromisso aberto" há quase 3 anos e falo cada besteira pra ele quando estou euforica. Sinceramente, não sei como ele ainda me aguenta.

Depois sinto um pouco de vergonha, mas como não sou apaixonada por ele, deixo ser como é e logo fica tudo bem. A verdade é que não sei o que ele sente por mim. Paixão acho que não é, mas também ele teria que ser muito burro pra deixar-se apaixonar por alguém que faz e fala o que eu faço e falo...(acho que os homens são mais práticos nisso). Mas no fundo acho que nos curtimos e já esta!

Já fui BEM agressiva com outros realmente importantes. Apesar do "importante" ser muito relativo. As vezes damos importância para quem não merece e nem é tão importante assim. esta tudo em nossa mente complexa.

Há pouco tempo acho que perdi alguém por conta desse meu gênio bipolar de ser. Alguém que poderia ter gostado de mim o tanto quanto gostei dele. Falei coisas ABSURDAS. Deu uma de louca por diversas vezes, e hoje, penso como seria nossas vidas se tivesse agido de outra forma. Porque acredite, eu passei dos limites MESMO.

Espero um dia deixar de me culpar por isso. Gosto de imaginar duas vidas existindo simultaneamente. Um destino que não é este, um caminho diferente. Entro numa viagem de como seria o outro. Aí vejo como estou agora. Sozinha e me forçando aceitar a solidão como se esse fosse o único caminho pra mim. Como se ninguem me merecesse de fato.

As vezes me acho boa demais pra qualquer um, perfeita demais. Vejo inúmeras qualidades. Penso que preciso de alguém capaz de responder a altura diante dos meus pensamentos rápidos a não encontro esta pessoa, como se ela não pudesse existir. Outras, me vejo apenas sozinha, como deve ser.

                                              

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Subindo!!!!

Que medo de mim eufórica!

Aprendi que: em momentos de euforia, só fale com aqueles que vc tem muita intimidade! do contrário, é arrependimento na certa!

Sabe ressaca moral pós bebida? eu tenho ressaca moral pós euforia!

domingo, 11 de setembro de 2011

Fight

Briguei com uma das minhas melhores amigas. Sempre fui o tipo de pessoa que teve aquela melhor amiga grudada na vida, coisa de mulher.. Mas de uns bons tempos pra cá não tenho mais paciência pra isso.

O motivo da briga? Eu não falar mal das pessoas, nem reparar suas vestimentas, ou se são feias, gordas, magras, coisas do tipo. Ok, sempre que brigamos com alguém tendemos a dar nosso ponto de vista levando sempre a razão pro nosso lado. Mas, por mais contraditório que seja, o motivo foi exatamente esse.

De uns tempos pra cá ando tão focada em mim mesma que sinceramente, FODA-SE a vida alheia. Nunca me importei demais com isso, hoje em dia acho que exacerbei ao ponto de incomodar o outro e talvez parecer hipócrita. É aquela velha história: "nem jesus cristo agradou a todos"

Não estou aberta a diálogos, nem criticas, nem nada que diga respeito a minha pessoa, pelo menos não por parte de amigo. Só eu sei o que EU passo dentro das minhas crises internas, só eu sei o que é ser eu.. Acho que por isso estou na fase mais sozinha da minha vida. Sou de muitos amigos e os amo demais, mas a vida já nos cobra demais, os amigos deveriam nos aceitar ou nos deixar.

Nunca entendi relacionamentos em que um quer mudar TUDO do outro. "a gente se apaixona pelo outro, depois tenta mudar aquilo que nos fez apaixonar-se". Se alguma coisa te afeta diretamente, ok, vamos tentar mudar, mas se não, vamos deixar o outro ser ele mesmo. Como dizia Nietzsche "torna-te aquilo que es".

Acho que isso pode ser um pouco "coisa de brasileiro". O brasileiro se preocupa demais com a vida alheia. Nunca esqueço de uma vivencia que tive na Europa. Estava dentro de um onibus e uma mulher aos prantos gritava com um homem. Olhei para um lado, olhei para o outro, e pasma com o barraco, notei que NINGUEM prestava atenção na briga. Por um momento achei estar vendo 2 fantasmas, pois só eu estava chocada com aquela mulher chorando a minha frente. Se fosse no Brasil, não só estariam olhando e comentando, como teria algum "legal" querendo apartar a briga.

Bom, sei lá...

Chatice é ter que ficar se justificando por tudo...preguiça.
---

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Morta de cansada

Hoje fotografei uma famosa pra capa de uma revista. Não é pra Vogue, nem a Gisele Bundchen. Mas junto com a correnteza e observando as coisas fluindo, eu me questiono se é isso que quero.

Amo o que faço, mas dentro dessa afirmação há muito mais complexidade do que um simples "amor". Me questiono demais, me comparo com pessoas e pergunto: é assim que quero estar em 20 anos? Porque, sim, não há muitos destinos dentro disso.
Uma vez disse a minha mãe que não sabia se estava apaixonada por um cara que estava saindo, então ela disse: a resposta esta na pergunta. Se você se pergunta estar apaixonada é porque você não esta. Acho que é mais ou menos isso...

Sou apaixonada pela minha profissão, disso não duvido, mas alguma coisa esta fora do lugar, só não descobri AINDA o quê. Tem alguma coisa faltando. Como um projeto quaaaaase perfeito, mas aí você pensa: "ta faltando alguma coisa, mas não sei o que".
Como uma pizza sem tomate, um café sem açúcar, um arroz sem feijão...ALGO FALTA!

Acho que escrevi, escrevi e não disse nada...Na verdade estou muito cansada. Um cansaço misturado com adrenalina. Já tomei 0,5mg de rivotril e nada. Minha cabeça doi...adeus

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Li em algum blog que 7 em cada 10 casamentos onde um dos cônjuges é bipolar acabam em divórcio. Será que essa é a razão para haver tantos casamentos finalizados? Posso lembrar de muitos entre vários conhecidos que casaram há pouco e já se divorciaram, enfim, its NOT my problem...

A questão é: como seria um casamento entre 2 bipolares!? Isso daria um bom programa de comédia.
As vezes reparo as pessoas na rua, ou quese sempre. Aí fico tentando adivinhar quem alí tem transtorno efetivo Bipolar. (Não, eu não estou procurando um marido bipolar)...Um menino que malha na minha academia estava com uma cara de poucos amigos outro dia e me disse "oi" com um sorriso amarelo. No dia seguinte fez uma piadinha e foi bem simpático. Entre um exercício e outro e ao som de alguma música baranga de academia, (ODEIO música de malhar) pensei se tratar de um Bipolar, mas é claro que ele devia estar num dia ruim, e vice e versa. Mas mesmo assim ele me chamou atenção.

Gosto de pensar como é a vida das pessoas que observo. Quais são seus medos, traumas, alegrias. Gosto de analisar detalhes da sua aparência. Há momentos que a "cara humana" me causa náuseas só de olhar. Então me tranco na minha toca, fecho meus ouvidos, olhos, nariz e não vejo mais nada além das vozes que vem de dentro, e elas são tantas! Elas falam comigo de uma maneira que posso senti-lás e as vezes até imaginar seu rosto. Tento incenssantemente viver no presente, mas meu espírito não se desgarra do passado e pra me irritar, viaja para o futuro mais vezes do que gostaria.

Estou meio viciada em filmes fictícios, tipo Senhor dos anéis. Passei o feriado vendo filmes e esse foi um deles. Me identifiquei com o Sméagol, no sentido da duas personalidades. Acho incrível a criatividade do autor para criar tantos "mundos" num só. Acho fantástico.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Far far away do Bem

Tô numa montanha russa diária. Milhares de pensamentos povoam a minha mente.

ora pensamentos negativos, ora nem tão negativos. Já chorei, já tive pena de mim mesma. Já pensei ter sorte por saber a causa daquilo que por anos me humilhou internamente.

As vezes penso que sou um porre, assim como aqueles que pensam demais, questionam demais, são sensíveis demais.

Argh

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Algumas pessoas precisam parar, outras não podem parar. São as ferramentas que temos. Preciso parar de me sentir culpada por todas as vezes que preciso parar. A vida não esta passando, e estou na janela, é assim que me sinto as vezes. Mas como a Aguia, as vezes precisamos parar e cuidar de si.

Tô lendo um livro de Chackras, (acho que já disse isso...rs) Então, acho que tenho um problema no chackra básico, da raiz. Cheguei a essa conclusão por sentir diversas vezes que não faço parte desse mundo. Me sentia, ou ainda sinto, sei la...muitas vezes um peixe fora d'agua.

Tem uma coisa que quero descobrir. A ligação entre equilíbrio dos chakras X Bipolar.
Ser Bipolar não tem nada a ver com nenhum chakras que li até agora, pelo menos com os 7 principais. E diante de uma crise bipolar, afetamos diretamente muito dos Chakras, com pensamentos negativos, tristeza, etc....então, é enorme a complexidade entre um e outro.

Quando eu descobrir eu falo.


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A revolta

Estou na fase de revolta com essa merda de doença. Minha psicóloga disse pra eu não entrar nessa, e aceitar que, ser Bipolar me traz ferramentas que são boas para a minha vida. Ok, eu sou ultra, mega, super, triple sensível, mas quando estou mal não sou capaz de produzir nada e por ser do tipo misto, oscilo varias vezes num dia. Sendo assim, não vejo muito de que forma isso pode ser bom pra mim.

Desde que o medico aumentou a minha dose para 900mg por dia, ando oscilando mais do que antes. Não entendo o porque!

Estou lendo um livro sobre os Chakras e ativação e o não funcionamento deles. Isso tudo é meio viciante. Acho que tenho problemas em quase todos, pelo forma que minha vida decorre. Só não sei ainda como posso ter Chakras saudáveis sendo inconstante e Bipolar. Já que vira e mexe me sinto deprimida e de mal com a vida.

Andei tendo umas idéias de ir viver um tempo em Alto Paraiso. Longe da cidade, dessa vibração.
Hoje acordei bem e fui meditar, fiz TUDO que uma mente sã pede. Então fui malhar, meio sem vontade, mas fui. Voltei da academia e fui me deprimindo quase instantaneamente. Ela veio como uma onda, foi chegando, chegando....até que se instalou de vez. E a tal serotonina que a malhação libera, cadê?

Tudo ficou muito pior quando cheguei. Voltei a ler o livro ótimo que iniciei ontem e, no meio dele comecei a lacrimejar. De tristeza por saber que estava voltando a ficar deprimida, ou de raiva, sei lá.
Comi um chocolate que me deixou enjoada. Comi 4 quadradinhos e estou enjoada até agora. Dormi por não querer perceber a vida, acordei mal ainda. E só estou acordada agora porque mais tarde tenho algo a fazer.

ô vida...