quinta-feira, 27 de março de 2014

Não choro mais

Desde que comecei a tomar o Procimax eu não choro mais, com rara exceção do enterro do meu avó que chorei um pouco, mas sei que não tanto quanto choraria se não tomasse o remédio.

Antes eu chorava por tudo, quando via um filme emocionante, ao ver um nenem fofo na rua, um captulo da novela....uma briga...TUDO...na maioria das vezes eu chorava de emoção, as coisas me emocionavam e eu estou sentindo falta disso. Meu psiquiatra disse que eu sou a única paciente a reclamar da falta de choro. Rs...sempre gostei da minha veia dramática.

Chega a ser cômico quando em uma situação emocionante eu faço força mas a lágrima não vem. percebi isso quando fui ver "a menina que roubava livros" e todos do cinema saíram com a cara inchada de tanto chorar e eu não derrubei nem uma mísera lágrima. E olha que eu tinha terminado o namoro um dia antes. Nem assim eu choro.

Saudades das minhas lágrimas.

Nova medicação - Vivanse primeiro dia

Devido ao efeito "lesma" e má relacionamento com a ritalina, meu psiquiatra me receitou o medicamento chamado Vivanse para DDA. Achei muito pouco depoimento sobre esta medicação na internet por isso vou dividir com vocês esse primeiro dia de "cobaia". Desculpam os termos pejorativos, mas é assim que me sinto, em minha busca eterna por um bem estar que nem sei se existe.

Enfim, não me cansarei de buscar. Quem lê meu blog sabe que sou adepta a formas alternativas de busca do bem estar, como yoga, raike, exercícios, etc. Mas confesso, não tá fácil, gente.
Atualmente tomo o Procimax e hoje pela primeira vez tentei o vivanse dosagem mínima, para criança.

A primeira coisa que me veio a cabeça quando o efeito do remédio começou a bater, (cerca de 2hs após tomar) foi: como uma criança pode tomar isso???
Gente, fiquei muito doida. Bem que meu psiquiatra disse que talvez eu tivesse que dividir a dose e é o que vou fazer amanhã.

Entrei numa euforia bizarra quando bateu o efeito, não vou dizer que foi horrível, pois fiz coisas produtivas das quais eu protelava, mas o tempo todo me senti drogada. Meu corpo ta sensível, dormente, tô com a sensação de que algo esta faltando e uma espécie de fobia social, que descrevo com a ausência de vontade de sair na rua. Nem tv eu quero ver, e olha que vejo todo dia. Não quero ver porque não quero ouvir nem olhar pra cara de ninguém, mesmo que este esteja numa tela. 

Vou continuar tentando, Gente. Porque como estava não era bom. O DDA não é afetado somente pela falta de atenção, esta pouco me preocupa. O que me atrapalha são os outros sintomas da doença, como enrolar para fazer as coisas, a preguiça, falta de energia para as coisas da vida, falta de interesse no mundo, tudo me parece tão chato! Já li bastante sobre o tema e parece que o DDA precisa de constantes estímulos, é o que faz nosso lobo frontal "acordar". Mas é difícil ver, fazer, conhecer coisas novas e legais todo dia, principalmente quando estamos sem energia para buscar.

Enfim, peço que se alguém tiver algum depoimento sobre essa medicação ou DDA me escrevam...estou precisando trocar idéias sobre isso =)

Abraços