domingo, 18 de setembro de 2011

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As palavras transbordam em minha mente, deve ser porque morar sozinha é não ter com quem conversar.  Não acho legal transformar o ouvido de ninguém em um muro de lamentações, por mais grave que seja o assunto. Aqui é diferente, se não quiserem ler, vão partir no primeiro parágrafo.

Talvez esse desgaste de energia esteja sendo péssimo para o meu tratamento. Cada dia assim são 2 de tristeza, o que acaba acarretando a uma depressão. Acho que não sei ser triste sem ser depressiva.

Penso e não consigo me lembrar de nada mais triste que tenha vivido. Já passei por momentos de muita tristeza interna, mas nada tão concreto e vivo de definições. Meus problemas sempre foram aqueles que os outros gostam de dizer: "isso é falta de uma louça pra lavar". Em partes, concordo....

Hoje pensei profundamente em algo que eu pudesse fazer, dizer, arrancar de mim e dar pra ela, mas nada me veio a mente. Então as vezes falava algo, mas ouvindo as minhas palavras como um espectador me dava a certeza de nada do que eu falasse faria sentido naquele momento! Que burrice tentar justificar o injustificável.

Ela estava aos prantos, suas palavras soltas ao vento não faziam o menor sentido. O frio me deixava mais aflita e mal humorada. Pensei em algo que a fizesse feliz e que eu pudesse fazer com ela... novamente nada.

NÃO senti vontade de chorar, acho que senti aquilo além do choro. Aquele momento em que o choque toma conta das lágrimas que só aparecem depois que a ficha cai. Chorei depois, mas ao mesmo tempo pensei que não tinha o direito de chorar, que eu tenho que ser forte, mas principalmente, que não tenho motivos para chorar ao ver o outro com tanta dor e sofrimento. Me fez pensar...Ta chorando porque?

Me sinto em um barco nesse momento. Não espero nada em troca. Não a quero como companhia, seu dinheiro não me importa, nem seu carro, nem amigos ou diversão. Sua presença é a única coisa que sempre me importou. Por mais ofensa que ela já tenha me feito, 6 meses era o suficiente para que tudo estivesse bem de novo e voltasse ao normal.

Eu viveria se ela partisse, desde que ela estivesse bem e feliz.

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